sexta-feira, 15 de maio de 2020

Tudo que fazemos por nós é um ato de amor para o outro.



Nesse momento o vizinho canta ao som amplificado do microfone enquanto toca violão. Não, não está acontecendo nenhuma festa.

Ele, assim como eu escrevo agora, canta para sobreviver. Canta para escapar da dureza e das limitações que vez ou outra nos desafiam.
E assim vamos, dia após dia, buscando recursos internos para seguir em frente. Ele canta, eu escrevo, a Kátia cozinha, a Valentina pinta, a Ada borda, a Jussara tece, a Amanda medita, a Renata alonga, a Ângela cria, a Patricia produz e por aí vai! Somos todos um só!

Assim como meu vizinho canta sem saber se está agradando e sem se preocupar em receber aplausos, eu escrevo aqui.
Escrevo para lembrar que somos todos importantes. Que a sua dor ressoa em mim, mas que a sua alegria também me faz feliz.
Eu escrevo para te dizer que já é possível convivermos sem ofender ou sem nos sentirmos ofendidos.

Eu escrevo para anunciar que um novo tempo está chegando!
E que o despertar já começou.
Gratidão ao meu vizinho, ele nem sabe o bem que me fez ouvi-lo cantando. Gratidão também a Kátia, a Valentina, a Ada, a Jussara, a Amanda, a Renata, a Ângela, a Patricia e a você que está lendo agora esse texto. Somos um só.

Tudo que fazemos por nós é um ato de amor para o outro.
Vamos vibrar numa corrente de amor?

Por Ana Paula Araújo Carvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu recadinho